Devocional(4)

Postado por D@ni | 07:56 | | 0 comentários »

Jovens buscando a sabedoria de Deus na vida pessoal e profissional-Parte 1

“Se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus”(Pv 2.3-5).
Inúmeras vezes a Bíblia Sagrada convoca o ser humano a buscar a sabedoria de Deus para experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2) e conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento (Ef 3.16-19), “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo, retendo a palavra da vida” (Fp 2.15,16). Não há como fazer a vontade de Deus sem conhecer ao Senhor e à Sua Palavra. O profeta Oséias diz: “conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3). Jesus disse que aquele tem os mandamentos dEle e os guarda, este é o que O ama e é amado pelo Pai (Jo 14.21). Se alguém quiser ser atendido por Deus em suas necessidades, precisa guardar os mandamentos dEle: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).
A sabedoria humana depende de conhecimentos adquiridos ao longo de seu desenvolvimento. A sabedoria de Deus é imanente a Ele, portanto, não depende de ação exterior. A Palavra de Deus diz que quem tem falta de sabedoria deve pedi-la a Deus (Tg 1.5), a fim de que sejamos cheios do conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e inteligência espiritual (Cl 1.9). Somente assim poderemos “andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10), “para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo, cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus” (Fp 1.10,11).
Deus nos fez tendo como referencial Sua imagem e semelhança, mas o homem pecou e distanciou-se de Seu Criador. O referencial de identificação que nos capacitava e nos ensinava a lidar com a vida, com o outro e com nós mesmos, precisou se afastar por causa de nossa condição corrupta (Gn 6.5; Rm 5.12). Deus é perfeito e nós fomos corrompidos pela imundície do pecado (Rm 3.10,23). Esse pecado empurra o homem para os conflitos, desajustamentos, dificuldades de relacionamento; sentimentos contraditórios como menos-valia e soberba, arrogância e fragilidade; medo e autodeterminação passaram a permear as ações e os relacionamentos (Rm 1.28-32). O viver humano ficou desorganizado, física e psiquicamente. “A criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade” (Rm 8.20). Porém Deus nos fez para Sua glória e louvor e não desistiu da obra prima de Sua criação, por isso deu o Seu Unigênito Filho para restaurar a glória que o homem perdeu. “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo [...] na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1,2).
O ser humano é limitado em muitos aspectos, finito e perecível. Podemos ser controlados por nossas emoções, impulsos e desejos e fazer de nossas vidas um caos (veja Rm 6.12,16; 7.5,6). Paulo queixava-se dizendo que fazia o mal sem querer fazê-lo (Rm 7.15-20). Mas podemos ser guiados pelo Espírito de Deus e viver de forma equilibrada, sadia, saudável, agradável, prazerosa e satisfatória. Podemos aprender a lidar com as dificuldades comuns a todos os seres humanos, como disse o apóstolo Paulo: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquEle que me fortalece” (Fp 4.12,13). Isso fala de capacidade adaptativa (que Paulo deixa claro que não provém dele mesmo, mas de Cristo Jesus, que lhe fortalece!), de saber lidar com as circunstâncias sem ser devorado por elas.
(Sobre a autora: Régia Carvalho é graduada em Letras, Psicologia e Teologia. Atualmente é membro da ADPAR e diretora da ETAP).

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